terça-feira, 8 de setembro de 2009

Diario de Bordo by Vinicius

05/08/2009

Vinícius ")

Diário de Bordo


Bom!!!Enfim.Demorou mais chegou a minha hora de fazer o diário de bordo, por livre e espontânea pressão de todos é claro. Não sou muito bom com as palavras, mas tentarei expor aqui as minhas sensações e tudo que lembro da melhor maneira possível.

Enquanto eu e um grupo mais ou menos de 10 pessoas esperávamos o resto do pessoal chegar começamos a brincar de Adoleta para passar o tempo e colocar a conversa em dia, como sempre não conseguimos terminar a roda inteira, mas acredito que até o final do curso chegaremos lá. Logo depois que todos estavam reunidos na roda, a Aninha apresentou para todo o grupo o Tadashi, que é o coodernador responsável pelos núcleos vocacionais da Zona Norte e que participara conosco até o final da aula.A presença dele significou muito para mim,pois ele citava uns comentários que ajudaram bastante no decorrer da aula.

O inicio da aula teve como ponto de partida os protocolos do Victor e do Crispim, lembro-me que descobrimos um verdadeiro poeta, pois o Victor escrevera um poema muito bonito que não me lembro o nome e o Crispim descrevera como a convivência com o teatro, apesar de pouca, já influenciara na sua vida positivamente.

Depois de lido os protocolos, o Tadashi perguntou para o grupo porque que a arte de fazer teatro fazia tão bem para as nossas vidas.Entre várias respostas interessantes,venho o comentário “PUXA SACO” do Soares para a Aninha dizendo que uma grande parte do entrosamento do grupo devia-se a participação dela.Devo confessar que não só eu como o grupo todo ficou com a sensação de que o Soares tinha meio que sonhado com a Aninha um dia antes,pois quando chegou a hora do jogo dos nomes o primeiro nome que ele chamou com tanto amor foi justamente o dela.uahuaahhahauahhauahhau

Bom, brincadeirinhas à parte fomos para uma das partes que eu mais gosto da aula. A parte dos alongamentos e das massagens, confesso que é uma das horas mais relaxantes do dia.
Em seguida o Tadashi propôs para agente o jogo do TOP que depois evoluiu para o jogo dos Nomes que depois virou o jogo dos Abraços.Essa atividade é muito boa,pois faz com que todos tentem lembrar uns aos outros,achei muito legal.

A próxima atividade a ser desenvolvida foi a dos abraços rejeitados, onde 2 grupos ficavam um de frente para o outro em forma de fila indiana, o primeiro grupo tentava ganhar um abraço e o outro fazia de tudo para rejeitá-lo. Detalhe para a cena do Soares que para se livrar de um dos abraços ele coçou as bem “partes baixas” dele. AHuahaahhauha Essa cena eu dei muita risada.

Logo após, fizemos cenas improvisadas utilizando apenas 3 pessoas, onde o primeiro dava inicio a uma determinada ação, o segundo dava uma continuação e o terceiro ficava responsável pelo encerramento da cena.Nesse exercício uma cena em especial me chamou a atenção.A cena em que a Vera fazia uma mãe com problema de coluna ,e então, para dar uma solução ao problema eis que surge da platéia a Dani como quarto elemento,e então para ajudar a mãe dela a curar da dor na coluna, eu diria que ela deu uma ajuda não muito delicada,para ser mais claro eu diria que ela ao invés de ajudar a mãe ela acabou arrebentando ainda mais a pobre da Vera.A ajuda da Dani foi de uma delicadeza incrível !!! ahuhhaahahhahaahaahha

Depois da pausa para o lanche recomeçamos com a brincadeira do: “Oi tudo bem? Tudo bem e você, tudo bem? Tudo bem.” Foi muito legal essa atividade pois só podíamos usar essas 3 expressões,mas podíamos usar de diferentes formas .

No final fomos divididos em 5 grupos diferentes que tinham que elaborar uma cena utilizando apenas como instrumento de texto as expressões: “Oi tudo bem? Tudo bem e você, tudo bem?Tudo bem.Todas as cenas ficaram bem interessantes,em especial a cena do grupo 2 foi a que causou mais polemica no final da aula, pois para algumas pessoas a cena provocou uma sensação de afeto e preocupação e para outras a sensação de frieza e desprezo, que foi a minha sensação.Depois de muito discutirmos a cena durante quase uns 10 minutos sobre as duas idéias contrárias, o Pedro que fazia parte da cena levantou a mão e explicou que as duas idéias discutidas não tinham nada à ver com que o propósito do grupo dele pretendeu passar, pois ele disse que o verdadeiro intuito da cena era passar uma idéia de conspiração contra uma determinada pessoa e por fim acabamos concluindo que a cena teve 3 sentidos totalmente distintos.

Falando em “sentido” devo ressaltar um comentário que eu considerei importantíssimo no final da aula do Tadashi.Ele citou da grande importância de que na hora em que estivermos pensando para elaborar uma determinada cena,devemos nos concentrar e procurar um verdadeiro sentido final para ela, pois fazendo isso o resultado da cena em si sai muito mais compreensível.
Não foi possível comentar os outros grupos,pois quando deu 10 horas o segurança já estava na porta, a ponto de expulsar agente do Alfredão, então fizemos a tradicional roda de encerramento e depois de muita pressão psicológica para que eu fizesse o diário de bordo,não tive outra alternativa se não aceitar a fazê-lo, e então contamos até 10 e gritamos o meu nome bem alto para encerrarmos a aula,foi muito bom pois me senti o MÁXIMO.
Me inspirando um pouco no diário de bordo do Victor resolvi deixar uma poesia aqui também como forma de representar um pouco que sinto em relação ao teatro e a todos que fazem parte desse grupo tão legal.Não fui eu que inventei,pois não tenho o dom de fazer tal façanha,mas o poema se chama “Amor de Primavera” e vou ler pra vocês.



Verdes campos, vento brando...
Fragrância de flores se abrindo
Novos sonhos vêm chegando
É a primavera surgindo
Trazendo de volta a esperança
Ao meu coração de criança
Que hoje envolto em magia
Transborda felicidade
A esquecer toda a saudade
Que tão insistentemente
Ainda ontem nele ardia...



É tempo de clima ameno
De prados cobertos de lírios
De canto suave e sereno
De sonhos e de delírios;
Um sentimento tão lindo
Comemoro hoje sorrindo
Diante do céu e da terra,
Assim como a natureza
Reveste-se de rara beleza
Mostrando-se mais airosa
Para saudar a primavera.



Toda a tristeza de outrora
Já se foi, tal qual o inverno
E o meu coração se enamora
Entoando em canto terno;
O som desta melodia
Traduz toda a euforia
De um amor recém-chegado
Que transforma a existência
Deixando apenas a essência,
Reverenciando o presente
Banindo a dor do passado!



Que venham todas as flores
Que brote enfim a esperança
Que surjam muitos amores
Que reinem a paz e a bonança!
Hoje eu só quero alegria
Envolta em sonho e magia
Colorindo o céu cinzento
Deixando os campos floridos
Trazendo os bons tempos vividos
Deixando fluir todo o amor
Dando asas ao pensamento!



Desilusão e tristeza
Naquele barco partiram...
Em meu coração, com certeza,
Ontem brincaram e sorriram
Num sarcasmo incessante,
Mas hoje daqui bem distantes
Deixaram de vez minha alma
Que contemplando a candura
Irradia amor e ternura,
Porta-se como criança
E em júbilo se acalma...



Quero brindar o amor
Varrer o ódio da terra
Comemorar o fulgor
Deste amor de primavera
Que em meu âmago se implanta
Que extasia e encanta
Realçando o singelo primor
Dos prados cobertos de relva
Das montanhas e da selva
Da voz estridente da gralha
Do crocitar do condor.



Hoje os olhos de minha alma
Miram estrelas cintilantes
Contemplam a alvura das palmas
E pássaros mais cativantes
Há hortênsias mais bonitas
E bem mais rubor nas tulipas
Há garbo no voo da garça
Bem mais viço nas bromélias
Mais mistérios nas camélias,
Os versos são mais eloquentes
A vida tem muito mais graça!



Um brinde à estação das flores
Que se exibem como em vitrines
Ao som de pássaros cantores
Que embala o nadar dos cisnes
Enaltecendo o amor,
A natureza hoje em flor
Em perfeita sintonia
Enxuga todo o meu pranto
E em todos os recantos
Faz brotar a esperança...
Faz renascer a harmonia!



A mágoa insolente e turva
Que ontem estava presente
Dissipou-se lá na curva
Sob o olhar do sol poente
Que às estrelas dá passagem
Fazendo surgir a imagem
Da lua que inspira e seduz
Revestindo a natureza
De extraordinária beleza
Que eleva a humanidade
E ao onirismo a conduz!



Amores são sempre bem-vindos,
Pois fazem brotar a esperança
Trazem à tona sonhos lindos
Fazem a alma ser criança
Revestindo-a de encanto
Afugentando o pranto
Cedendo lugar ao alento
Deste amor de primavera
Que meu peito ora descerra
Expulsando a dor de outrora
Conduzida de vez pelo vento

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